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segunda-feira, 25 de julho de 2011

Dente-de-Leão no Vento





Olha! Lá na curva depois do rio, subindo com o orvalho do alvorecer nevoento,
É uma asa errante trazendo o brilho de lugares aquecidos pelo sol!
E se eu de repente cobrisse meus olhos com flores?
Florejar o olhar com a primeira luz de uma manhã de verão...
Ah...Mas são justamente em alvoradas  frias de inverno inclemente
Que nos aconchegamos mais para prorrogar um sonho...
Então me é permitido amar também no frio e na noite.

Veio durante a tarde coberta de suspiros, soltos no ar como dentes-de-leão,
Agitou todas as flâmulas por sobre os muros cobertos de heras
E varreu para fora o bolor da casa a muitos dias fechada,
Uma brisa cálida a me despertar, trazendo os aromas das longínquas terras,
Para cobrir-me os olhos com flores,
Para prorrogar  um sonho luxuriante.

Um pouco mais de sonho para aquecer a alma, 
Para alegrar os abismos do espírito.
Para dar à meia-noite as cores de uma tarde quente,
Enquanto não cessa  o cortante hálito gelado do inverno.

De todo modo, vou optar por cair pra cima
E talvez no meu eterno flutuar por entre as nuvens
Te encontre sentada no teto do mundo.

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